sábado, 26 de abril de 2014

 Homilia do II Domingo da Páscoa - Jo 20, 19-31


 FESTA DA DIVINA MISERICÓRDIA




Estamos na oitava da páscoa, durante esta semana celebramos a ressurreição de Jesus de um modo eminente meditando nas aparições do Senhor ressuscitado. Neste domingo a liturgia nos leva a contemplar a primeira comunidade cristã que contempla Jesus, mas que também aprende dele que “bem-aventurados são os que creem sem terem visto”. É a comunidade Cristã do futuro que acreditam, mas não viram o Senhor. Também neste domingo a Igreja celebra a festa da Divina Misericórdia. 
 
É do coração aberto de Cristo que nasce a Igreja e este coração é a própria misericórdia e desta misericórdia derramam-se graças sobre o mundo todo. Nenhuma pessoa que Dele se aproxima sai sem obter misericórdia. Toda a nossa miséria deve ser destruída na sua misericórdia, e toda graça brota dessa fonte salvadora e santificante.

Ninguém pode medir a extensão da sua bondade. Foi por nós que ele deixou-se pregar na cruz. Jamais o Senhor rejeita um coração humilhado. Entreguemos a ele todos os nossos pecados e ele nos cumulará com a sua misericórdia. 
 
Esta misericórdia que é o próprio Jesus nós devemos encontrar na comunidade dos seguidores de Jesus. A Igreja deve ser a casa da misericórdia que acolhe, que ama, que cuida e perdoa, por isso esta misericórdia tem como ponto alto o sacramento da penitência. É no Confessionário que ele continua a realizar os maiores prodígios. Para obtê-los não é necessário empreender longas peregrinações, mas basta aproximar-se com fé dos sacerdotes e confessar a nossa miséria. O milagre da misericórdia de Deus se manifestará em toda a plenitude. 
Quando nos aproximamos da confissão, Fonte de Misericórdia, devemos mergulhar toda a nossa miséria na divina misericórdia com grande confiança, para que ela possa derramar na nossa vida a abundância da Sua graça. 
 
Pois é o próprio Jesus quem nos espera no confessionário. Ele se oculta no sacerdote, mas é ele mesmo quem atua na pessoa. Ai, a miséria se encontra com o Deus da misericórdia. Porém, não esqueçamos que desta fonte da misericórdia as graças são colhidas apenas com o vaso da confiança. Se a nossa confiança for grande a generosidade de Jesus será grande. As torrentes da sua graça inundam as pessoas humildes. Os orgulhosos sempre estão na pobreza e miséria, porquanto graça se afasta deles para as humildes.

Ó Misericórdia divina insondável e inesgotável, quem vos poderá venerar e glorificar dignamente? Atributo máximo de Deus onipotente és a doce esperança para o homem pecador.

Pe. Paulo Sérgio Araújo Gouveia
Paróquia de São Judas Tadeu
Campina Grande-PB

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