II Domingo da Quaresma - Mt 17, 1-9
Continuamos com a nossa caminhada
quaresmal e neste domingo a Palavra de deus nos mostra o caminho que devemos
seguir. Antes de qualquer decisão é preciso escutar. Por isso, a quaresma é o
tempo propício para nos abeirarmos da Palavra de Deus, lê-la, meditá-la,
rezá-la e colocá-la dentro do nosso coração. Fazer da Palavra uma bússola que
orientará toda a nossa existência.
Na primeira leitura Deus diz uma palavra para Abraão: Sai... Eis o nosso objetivo neste tempo quaresmal: Sair da nossa rotina, romper com os nossos esquemas por melhores que sejam. Abrir-se para a novidade de Deus. Abraão, um homem já velho, que vivia tranquilo com a sua família, que já não tinha grandes projetos e de repente, Deus entra na sua vida e pede algo totalmente novo, convidando-o a construir uma nova história. A leitura termina dizendo que “Abraão partiu como o Senhor lhe tinha ordenado”. Ele não discute, simplesmente obedece ao Senhor e isso o faz ser uma fonte de benção.
A
disponibilidade de Abraão questiona o homem comodista, instalado em seus
próprios projetos e que aposta numa falsa segurança longe de Deus. Não tem a coragem
de arriscar por Deus. Não consegue se por “a caminho”, por que tem uma bagagem
tão grande que não consegue caminhar. Preferi ser prisioneiro de seus velhos
esquemas e dos seus medos.
No Evangelho
Jesus diz também uma palavra para Pedro, Tiago e João: “Levantai-vos e não
temais”. Os apóstolos subiram a montanha e lá vivenciaram uma experiência
grandiosa, com o Senhor se transfigurando diante deles. Viram a glória de Deus.
Contemplaram também Moisés e Elias os dois “grandes” do Antigo Testamento. Estavam
tão felizes que nem se lembraram dos outros companheiros que estavam na
planície. Melhor seria ficar ali mesmo. Jesus os
puxa para a realidade. Enquanto eles queriam se acomodar Jesus os convida:
levantai-vos. É como se Jesus dissesse: “Agora não é o momento do repouso, há
muito que fazer, vocês são três e eu quero subir a montanha com toda a
humanidade”. É preciso ir para a planície. Subir a montanha deve ser um momento
de parada para servir melhor ao homem que se encontra na planície da vida
necessitado do apoio do homem e da mulher de Deus.
Na nossa
vida há também um chamado. Deus tem um projeto para cada um de nós. Paulo dirá
que Deus nos chama para a santidade. Eis o nosso ideal que está sempre
inacabado, que nos desafia a cada instante. Para sermos
santos é preciso primeiro ouvir, depois sair, levantar e não ter medo. Começar
a caminhar, descer do pedestal, servir aos outros, abraçar a cruz do sofrimento
seu e dos outros que se encontram na planície, sujar as mãos como nos diz o
papa Francisco.
Pe. Paulo
Sérgio Araújo Gouveia
Paróco –
Paróquia São Judas Tadeu
Nações –
Campina Grande - Paraíba
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