domingo, 11 de maio de 2014

Homilia do IV Domingo da Páscoa - Jo 10,1-10.

Domingo do BOM PASTOR!

 

Neste domingo a liturgia põe a figura do Bom Pastor. No Antigo Testamento o Pai enviou muitos pastores, no Novo Testamento ele envia o seu único Filho para que este seja o nosso único e verdadeiro pastor.

Cristo é o bom pastor porque pelo seu sacrifício devolveu a vida a suas ovelhas e as reconduziu ao único redil que é a Igreja. Éramos ovelhas desgarradas como afirma São Pedro, mas agora voltamos para o Pastor e guarda de nossas almas.
 
Além de ser bom pastor, Cristo é a porta pela qual se entra no redil das ovelhas. Cristo é a porta, mas é uma porta humilde. Quem entra por essa porta deve se humilhar para poder entrar sem bater com a cabeça. Porém, quem não se humilha, mas se exalta quer subir pelo muro. E o que sobe pelo muro eleva-se e depois cai.
 
A Igreja é o redil, cuja única porta é Cristo. Neste redil entra tanto os pastores como as ovelhas. Tanto uns como outros dirá Santo Agostinho hão de entrar pela porta que é Cristo. Santo Agostinho afirmava: “Eu querendo chegar até vós, isto é, aos vossos corações, prego-vos Cristo. Se pregasse outra coisa quereria entrar por outro lado, mas Cristo para mim é a porta para entrar em vós. Pela porta que é Cristo entro em vossos corações”.
 
Cristo é o pastor que na sua solicitude escolheu homens para pastorear o seu rebanho. Os bispos e os sacerdotes exercem na Igreja de Deus a missão de pastorear as ovelhas de Cristo. Jamais deveríamos esquecer que as ovelhas não são nossas e sim de Cristo e haveremos de dar contas de cada ovelha que Cristo nos confiou. Nenhum pastor pode ser bom se não estiver unido a Cristo pela caridade, tornando-se assim membro do pastor verdadeiro.
 
São Gregório Magno comentando sobre os pastores afirma: “que o pastor seja humilde, um companheiro dos que praticam o bem, nunca se considere melhor do que os outros. Deve unir a doçura com a severidade, enfim deve mostrar a bondade de uma mãe e o rigor moral de um pai”.
 
Ao lado dos bons pastores há os mercenários que é todo pastor que ao vê o lobo foge, que busca a sua glória, não a de Cristo, que está mais preocupado com o dinheiro das ovelhas do que com a sua salvação, o que não se atreve a reprovar com liberdade de espírito os pecadores por que tem medo. O verdadeiro pastor deve pregar a glória Cristo de e não a sua, os mercenários enquanto procuram a sua glória dispersam as ovelhas de Cristo. Rezemos pelos nossos pastores e jamais esqueçamos que o Senhor é o meu pastor e nada poderá nos faltar.

Pe. Paulo Sérgio A. Gouveia
Paróquia São Judas Tadeu
Campina Grande-PB

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