sábado, 31 de maio de 2014

31 de maio - Coroação de Nossa Senhora


É tradição dos devotos de Nossa Senhora finalizar o mês de maio com a cerimônia de Coroação.  Qual o significado deste ato de fé para nós? Será simplesmente uma representação teatral em que  crianças vestidas de anjo colocam uma coroa sobre a cabeça de uma imagem? 

Essa tradição começou no século XIII, no ano de 1280. “Na Europa, é no mês de maio que são colhidos os frutos da terra e as flores do campo são cheias de cores e de perfumes. E isto remete à Maria, que é considerada a flor mais bela no Carmelo”. A tradição chegou ao Brasil através dos portugueses. Desde então, devotos realizam coroações da imagem de Nossa Senhora durante este mês. A tradição se solidificou no século XIV, em Paris. “A figura de Maria ganhou destaque em Paris. 

A Mãe de Deus era simbolizada como uma flor adornada de joias, então, surgiram as coroações. Foi São Felipe Neri que começou a dedicar o mês de maio à Maria fazendo a ela homenagens com flores”. 

Cada elemento que as crianças oferecem a Nossa Senhora tem um significado. A palma representa a pureza de Maria; o véu, sua virgindade; a coroa, sua realeza e as flores remetem a homenagem feita por São Felipe Neri. 

Para o devoto, coroar Nossa Senhora é demonstrar que a reconhece como rainha. Rainha de um reino que não é o desse mundo, mas o reino sonhado por Deus para seus filhos e filhas. 

Na história da vida humana de Jesus, Maria tem o papel fundamental. Seu "sim" sela a encarnação do Filho de Deus como homem e com sua aceitação ela demonstra que é possível uma pessoa fazer de sua vida uma constante escuta da vontade de Deus. Maria: filha, mulher, mãe. Filha de pais fiéis a Deus, recebeu deles a educação que lhe abriu o coração para conhecer o Pai do Céu e escutar-Lhe as palavras. Mulher, engajou-se no seu tempo a prestar atenção aos anseios daqueles que a cercavam e soube fazer de seu serviço um interceder contínuo pela humanidade. Mãe, constituiu a personalidade de seu único Filho, ensinou-lhe os passos e fundamentou seu conhecimento de Deus com aquilo que lhe era revelado. Maria humana, gente, pessoa, que com todas as limitações próprias de sua natureza pode dizer "sim" e ensinar à humanidade a também dizer "sim". 

Por isso reconhecê-la como rainha é dar um lugar de destaque à humanidade daquela mulher que enveredou por um caminho desconhecido pelo puro amor a Deus. Mulher que sentiu a dor do parto, a dor da partida, a dor da perda. Mulher que trabalhou, que cuidou de sua família, que acompanhou a lida do outro como aquela que oferece o descanso e o alimento. Mulher que recebeu de seu filho o beijo carinhoso, o reconhecimento do colo, o sorriso cúmplice daqueles que partilham o mesmo entendimento do mundo. Por sua "humanidade humana" Maria se torna rainha: por ser o exemplo capaz de mostrar a cada um de nós que é possível chegar ao reino que Deus nos prepara. Basta dizer que sim, que em nossa vida seja feita a vontade do Senhor. 

Fonte: http://www.santoantoniomguacu.com.br/wp-content/uploads/2013/05/jornal-maio.pdf

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