sábado, 31 de maio de 2014

Homilia da Ascensão do Senhor



Hoje Cristo diante dos olhos dos seus discípulos sobe ao céu. É a sua entrada triunfal na glória depois das humilhações da paixão. É à volta para a casa do Pai. Os evangelistas narram o acontecimento com muita sobriedade, mas mesmo assim ressaltam o poder e a glória de Cristo.

Não podemos conceber a ascensão de Cristo como “a sua subida para um espaço no alto”. É preciso perceber o seu significa mais profundo: A ascensão de Cristo significa que através de Cristo a humanidade foi introduzida com Ele no céu. Que não é um espaço geográfico, mas significa que o homem tem lugar em Deus. Isto se tornou possível devido à união da humanidade com a divindade neste homem Jesus Cristo que agora é elevado a gloria do céu. Marcos ao narrar o batismo de Jesus afirmou que o céu se rasgou. O céu se abre para que o homem tenha em Cristo acesso a Deus. 

Assim Cristo exaltado se torna o céu, pois este não é um lugar mais uma pessoa: Jesus Cristo, no qual Deus e o homem estão unidos de modo inseparável. Vamos para o céu e até penetramos no céu na medida em que vamos para Jesus Cristo e até penetramos nele.

Compreendemos por que os apóstolos estão alegres, pois a ascensão para eles não significava uma despedida, uma ausência de Cristo no mundo, pelo contrário com a ascensão inaugurava-se uma nova presença dele no mundo. Santo Agostinho afirmava: “O Senhor Jesus Cristo não deixou o céu quando veio ate nós; também não se afastou de nós quando subiu novamente ao céu, por isso, ele continua sofrendo na terra através das tribulações que nós os seus membros enfrentamos”.

Celebrar a ascensão de Cristo é expressar alegria e esperança. A esperança de que Deus tem um espaço para o homem e de que nele já somos vitoriosos. Mais uma vez Agostinho afirma que: “Devemos trabalhar aqui na terra de tal modo que, pela fé, esperança e caridade já descansemos com ele no céu. Cristo está no céu, mas também está conosco e nós permanecendo na terra, estamos também com ele. Por sua divindade, por seu poder e por seu amor ele está conosco, nós podemos realizar a nossa união com ele pelo amor que temos para com ele”. 

Cristo desceu do céu para que nós subamos com ele. Meditando neste mistério de Jesus tomemos consciência de que a nossa pátria é o céu e de que o céu é estar com a Trindade.

Pe. Paulo Sérgio Araújo Gouveia
Paróquia São Judas Tadeu
Campina Grande-PB

31 de maio - Coroação de Nossa Senhora


É tradição dos devotos de Nossa Senhora finalizar o mês de maio com a cerimônia de Coroação.  Qual o significado deste ato de fé para nós? Será simplesmente uma representação teatral em que  crianças vestidas de anjo colocam uma coroa sobre a cabeça de uma imagem? 

Essa tradição começou no século XIII, no ano de 1280. “Na Europa, é no mês de maio que são colhidos os frutos da terra e as flores do campo são cheias de cores e de perfumes. E isto remete à Maria, que é considerada a flor mais bela no Carmelo”. A tradição chegou ao Brasil através dos portugueses. Desde então, devotos realizam coroações da imagem de Nossa Senhora durante este mês. A tradição se solidificou no século XIV, em Paris. “A figura de Maria ganhou destaque em Paris. 

A Mãe de Deus era simbolizada como uma flor adornada de joias, então, surgiram as coroações. Foi São Felipe Neri que começou a dedicar o mês de maio à Maria fazendo a ela homenagens com flores”. 

Cada elemento que as crianças oferecem a Nossa Senhora tem um significado. A palma representa a pureza de Maria; o véu, sua virgindade; a coroa, sua realeza e as flores remetem a homenagem feita por São Felipe Neri. 

Para o devoto, coroar Nossa Senhora é demonstrar que a reconhece como rainha. Rainha de um reino que não é o desse mundo, mas o reino sonhado por Deus para seus filhos e filhas. 

Na história da vida humana de Jesus, Maria tem o papel fundamental. Seu "sim" sela a encarnação do Filho de Deus como homem e com sua aceitação ela demonstra que é possível uma pessoa fazer de sua vida uma constante escuta da vontade de Deus. Maria: filha, mulher, mãe. Filha de pais fiéis a Deus, recebeu deles a educação que lhe abriu o coração para conhecer o Pai do Céu e escutar-Lhe as palavras. Mulher, engajou-se no seu tempo a prestar atenção aos anseios daqueles que a cercavam e soube fazer de seu serviço um interceder contínuo pela humanidade. Mãe, constituiu a personalidade de seu único Filho, ensinou-lhe os passos e fundamentou seu conhecimento de Deus com aquilo que lhe era revelado. Maria humana, gente, pessoa, que com todas as limitações próprias de sua natureza pode dizer "sim" e ensinar à humanidade a também dizer "sim". 

Por isso reconhecê-la como rainha é dar um lugar de destaque à humanidade daquela mulher que enveredou por um caminho desconhecido pelo puro amor a Deus. Mulher que sentiu a dor do parto, a dor da partida, a dor da perda. Mulher que trabalhou, que cuidou de sua família, que acompanhou a lida do outro como aquela que oferece o descanso e o alimento. Mulher que recebeu de seu filho o beijo carinhoso, o reconhecimento do colo, o sorriso cúmplice daqueles que partilham o mesmo entendimento do mundo. Por sua "humanidade humana" Maria se torna rainha: por ser o exemplo capaz de mostrar a cada um de nós que é possível chegar ao reino que Deus nos prepara. Basta dizer que sim, que em nossa vida seja feita a vontade do Senhor. 

Fonte: http://www.santoantoniomguacu.com.br/wp-content/uploads/2013/05/jornal-maio.pdf

sábado, 24 de maio de 2014

Homilia do VI Domingo da Páscoa - Jo 14,15-21




Nestes últimos domingos da páscoa começa na liturgia uma preparação para o dia de pentecostes onde a Igreja se apresentará ao mundo inundada pelos dons do Espírito Santo. Na primeira leitura escutamos um relato sobre a vinda do Espírito em uma das primeiras comunidades Eles já tinham ouvido a Palavra e depois pela imposição das mãos dos apóstolos receberam o Espírito. O Espírito vem onde já foi acolhida a Palavra que é Jesus. O Doador precede o Dom.

O Espírito Santo chega aos homens através de Jesus. Ele derrama sobre os homens o amor do seu Pai, amando-os com o mesmo amor que é amado por Ele. Ele quer que os seus discípulos vivam neste amor. E tal como Jesus permanece no amor do Pai cumprindo a sua vontade, os seus discípulos devem permanecer no seu amor cumprindo com a sua vontade. 

O Espírito Santo é a terceira pessoa da Santíssima Trindade. Ele é uma pessoa, não é uma força impessoal ou uma energia, é uma pessoa onde podemos criar um relacionamento, ter uma amizade. Na sua essência não sabemos como é Deus, iluminados pela palavra podemos apenas saber o que Deus é para nós e o que o Espírito é para nós o evangelho de hoje nos diz: ele é o consolador, o Espírito da Verdade. Como afirma a liturgia ele é “ótimo consolador”. Não precisamos apenas de força ou de luz, mas também de consolação em meio as dificuldades que enfrentamos. 

A consolação de Deus é o seu amor por nós feito pessoa. Esta consolação nós recebemos da Igreja quando escutamos a palavra e aceitamos a presença de Jesus em nossa vida. Esta consolação não será a partir de fora e sim o Espírito estará dentro do nosso coração, nos orientando, revelando a presença amorosa de Deus em nossa vida. 

Também o Espírito nos conduz a toda a verdade. Viver na verdade é um dos grandes desafios do mundo de hoje. Há um relativismo doentio onde cada um procura construir a sua verdade. Somente Jesus é a verdade que pode nos libertar e nos ajudar a construir um mundo mais justo e mais humano. E somente o Espírito Santo é quem pode nos revelar esta verdade que está acima de qualquer ideologia e onde as religiões devem se colocar a serviço. Resta a cada um de nós ter cuidado, o fato de pertencermos a Igreja não significa que “vivemos na verdade”. Há tantos que usam a religião como palco de busca de poder, prestígio e enriquecimento... tenhamos cuidado..,.

Pe. Paulo Sérgio Gouveia
Paróquia de São Judas Tadeu 
Campina Grande-PB

Ordem Franciscana Secular: 24/05 - Dedicação da Basílica de São Francisco

Imediatamente após a canonização, que ocorreu em 16 de julho de 1228, o Papa Gregório IX quis que em honra a São Francisco, o Poverello de Assis, fosse elevado um magnífico templo e ali seus restos mortais fossem preservados. O mesmo Pontífice abençoou a pedra fundamental em 17 de Julho de 1228 e, na festa de Pentecostes, 25 de maio de 1230, ordenou que o corpo do santo foi transportado da igreja de São Jorge para a nova basílica, a igreja-mãe da Ordem dos Ordem dos Frades Menores. Inocêncio IV a consagrou solenemente em 1253, elevando à basílica patriarcal e capela papal por Bento XIV em 1764.
São Francisco queria morrer perto da Porciúncula, onde havia iniciado a vida religiosa. Mas aquele que havia escolhido a pobreza como um caminho para amar e deixava-a como herança a seus filhos.

No dia de Pentecostes, em 25 de Maio de 1230, o corpo de Francisco foi trazido para o local. A construção da basílica superior começou logo após 1239 e foi finalizada em 1253. Sua arquitetura é uma síntese do Românico e doGóticoItaliano. As igrejas foram decoradas pelos maiores artistas daquele tempo, vindos de RomaToscana e Úmbria. A igreja inferior tem afrescosdeCimabue e Giotto; na igreja superior está uma série de afrescos com cenas da vida de São Francisco, também atribuída a Giotto e seus seguidores. A Basilica é admistrada pelos Frades Menores Conventuais (OFM Conv.). Os Frades Franciscanos Conventuais são os gardiães dos restos mortais do Santo de Assis.
No dia 26 de setembro de 1997, Assis foi atingida por dois fortes terremotosque danificaram severamente a basílica (parte do teto dela ruiu durante o segundo tremor, destruindo um afresco de Cimabue) que passou dois anos fechada para restauração.
Fonte: http://ofsabaete.blogspot.com.br/2012/05/2405-dedicacao-da-basilica-de-sao.html?spref=fb

terça-feira, 20 de maio de 2014

Para Refletir


Ir. Mery Azevedo, inicianda da OFS

Estava assistindo a Canção Nova e passou uma "palestra" do Padre Léo, nesta ele falava do ateísmo, incluindo em sua fala alguns intelectuais que em suas teorias falavam da inexistência de Deus. Entre os intelectuais Padre Léo falou de Nitzsche, para quem não conhece: Nitzsche foi um filósofo que escreveu vários textos críticos sobre religião, algumas frases deste intelectual são bem pesadas, a exemplo, "Deus está morto". Para Nitzsche a existência de Deus seria para conformar as pessoas. Porém, Leonardo Boff ( Leonardo Boff é um teólogo brasileiro e escritor universitário) encontrou uma oração escrita por Nitzsche em alemão e fez sua tradução, "Essa oração que aqui se publica é desconhecida por muitos, até por estudiosos do filósofo" (Leonardo Boff). Um homem que se declarava ateu e que escreveu tantas coisas contra Deus, escreveu esta oração que ao meu ver mostra o encontro Nitzsche com Deus.

Oração ao Deus desconhecido

Antes de prosseguir no meu caminho
E lançar o meu olhar para frente
Uma vez mais elevo, só, minhas mãos a Ti,
Na direção de quem eu fujo.
A Ti, das profundezas do meu coração,
Tenho dedicado altares festivos,
Para que em cada momento
Tua voz me possa chamar.
Sobre esses altares está gravada em fogo
Esta palavra: “ao Deus desconhecido”
Eu sou teu, embora até o presente
Me tenha associado aos sacrílegos.
Eu sou teu, não obstante os laços
Me puxarem para o abismo.
Mesmo querendo fugir
Sinto-me forçado a servi-Te.
Eu quero Te conhecer, ó Desconhecido!
Tu que que me penetras a alma
E qual turbilhão invades minha vida.
Tu, o Incompreensível, meu Semelhante.
Quero Te conhecer e a Ti servir.

 Tradução realizada por Leonardo Boff
(Fonte: http://leonardoboff.wordpress.com/2011/04/01/%C2%A0%C2%A0%C2%A0oracao-de-nietzscheao-deus-desconhecido/)

Padre Fabio de Melo no Parque do Povo




Padre Fabio de Melo vai atrair mais uma vez o maior público ao Parque do Povo de Campina Grande à sua apresentação na noite de 30 de junho. Um verdadeiro pop star, apesar da programação do Maior São João do Mundo trazer artistas de grande sucesso, entre eles Flávio José, Zé Ramalho, Elba Ramalho, Fagner, Santanna, Alcymar Monteiro, Dorgival Dantas, Genival Lacerda.


A OFS-CG mais uma vez no Projeto Fé e Cultura no Maior São João do Mundo 2014




A Ordem Franciscana Secular – OFS-CG – participa, pelo segundo ano consecutivo, do Projeto Fé e Cultura da Diocese de Campina Grande (PB), dentro da programação do Maior São João do Mundo 2014. O Irmão Ministro Francisco Antônio foi um dos mentores da exposição do ano passado, coordenada pelo Padre Ranieri, ambientada na réplica da catedral de Nossa Senhora da Conceição no Parque do Povo.

O Fé e Cultura do ano passado reproduziu em imagem gigantesca o altar-mor primitivo e as pinturas do teto que havia na catedral da Diocese de Campina Grande, do pintor Miguel Guilherme. O Irmão Ministro da OFS-CG, jornalista formado, participou na elaboração dos banners temáticos dos santos juninos, com imagens e fragmentos teológicos e culturais deles.

Quanto ao tema do Fé e Cultura 2014, a ser aberto no dia 9 de junho próximo,  o assunto vai ser tratado nesta quarta-feira, 20 de maio, em reunião no Seminário do Alto Branco, início 19h30, com a participação de representantes de todos os movimentos,  pastorais, comunidades e Ordens  da Diocese campinense.

Padre Ranieri, coordenador do Fé e Cultura, conversou com o Irmão Ministro da OFS-CG tratando da importância dos franciscanos para a Igreja em Campina Grande. Para se ter uma ideia, o primeiro e o atual bispos de sua Diocese– Dom Anselmo Pietrula e Dom Manoel Delson – são frades de Ordens de São Francisco. Podemos ter alguma surpresa franciscana na exposição deste ano.

domingo, 18 de maio de 2014

OFS CG lembra aniversário do Ministro da Fraternidade durante capitulo


A Fraternidade de São Francisco da OFS de Campina Grande celebrou com alegria e carinho fraterno o aniversário do Ministro Local, o Ir. Francisco Antonio, OFS durante o capítulo avaliativo. O Ministro recebeu os parabéns e juntamente com os irmãos e irmãs partilhou o café fraterno.

Para todos nós, irmãos e irmãs professos e iniciandos é um motivo de alegria a presença do Ir. Francisco na fraternidade. Desejamos muitos anos de vida com muita saúde e paz, com as bênção de Deus por intermédio de São Francisco e Santa Clara.

Capítulo anual avaliou a boa caminhada da OFS-CG em 2013-2014




Aconteceu o Capítulo Avaliativo da Ordem Franciscana Secular (OFS) de Campina Grande (PB) na manhã de Domingo, 18 de maio, em sua sede na Casa Franciscana, no bairro da Conceição.

Na ocasião, o Irmão Ministro Francisco Antonio – aniversariante do dia – lembrou que o Capítulo é momento de celebração da Fraternidade, e de como S. Francisco se alegrava no encontro de Irmãos.

Ir. Francisco Antonio, OFS - Ministro da Fraternidade
Depois dos 12 Pai Nossos Meditados, Frei Pedro Júnior celebrou a Palavra, refletindo o Evangelho do 5º Domingo de Páscoa, do Cristo Nosso Senhor: Caminho, Verdade e Vida.

Frei Pedro, recém chegado na Paróquia de São Francisco e já fazendo bom trabalho de animação, centralizou a reflexão do Evangelho na primazia do Senhor Redentor, segundo o exemplo do nosso Pai Seráfico, vivendo a essência do ser franciscano, alegre e amando a Deus no próximo, a ponto de louvá-lo feliz com dois pauzinhos ao ombro, imitando violino.

Ir. Francisco, OFS ao lado do pregador do capítulo o Frei Pedro Junior, OFM
  Segundo o Relatório do Conselho da Fraternidade, a OFS-CG teve boa caminhada de 2013 a 2014, nas atividades apostólicas dos Irmãos em suas paróquias nos bairros onde residem, assim como no ingresso de Irmãos Iniciandos, no ressurgir da Fraternidade de Juventude Franciscana (JUFRA), e participação dos terceiros franciscanos nos eventos na Paróquia e na Diocese.

A Irmã Helena, da Fraternidade Frei Manfredo de Areial e do Conselho Regional da OFS, coordenadora do Distrito Campina Grande, encerrou o Capítulo Avaliativo da OFS-CG, expressando a sua alegria de ser franciscana, de rezar e se encontrar com os Irmãos, conclamando a concórdia, misericórdia e o perdão.

(ao centro) Irmã Helena, OFS - Ministra Distrital e membro da Fraternidade de Areial-PB

Foi lembrado no Capítulo Avaliativo da OFS 2014, a visita do Ministro Nacional Antonio Benedito à Casa Franciscana, há anos, quando houve memorável convívio fraterno sobre a caminhada da Ordem e os costumes do Pará – o Ministro Nacional é paraense – versus o Nordeste.

Visita do Ir. Antonio Benedito, OFS - Ministro nacional e sua esposa na fraternidade da OFS de Campina Grande-PB
O irmão Antonio Benedito viera participar de um evento da OFS Regional em Pernambuco, e, ciceroneado pela co-Irmã Elza Guimarães, veio conhecer a cidade de Campina Grande, e, evidentemente, os franciscanos seculares da cidade.

A Revista da OFS Paz e Bem bimestral é aberta com a Palavra do Ministro Antonio Benedito. Imperdível!

Assinemos todos a nossa publicação oficial. Contém materiais valiosos de Formação.

Confiram mais imagens desse evento na guia Fotos