sábado, 7 de junho de 2014

Homilia do Domingo de Pentecostes



Hoje recebemos aquele que nos convence e nos torna testemunhas da ressurreição de Cristo, o Espírito Santo. Ele é a razão da nossa alegria. Ele nos concedeu o dom do Espírito Santo. Os Santos Padres da Igreja diziam que toda a missão do Filho de Deus neste mundo era conceder aos homens o Espírito Santo. Eis que este dia chegou
 
Os apóstolos estavam de portas fechadas com medo dos judeus. Somente a força do Espírito Santo transformou homens tímidos em anunciadores do Evangelho. Quantas vezes o medo paralisa a nossa ação evangelizadora: medo do fracasso, de enfrentar o mundo, medo de não conseguir testemunhar a Palavra, das críticas, medo das forças do Demônio. A união com o Espírito nos liberta destes medos.
Recebemos o Espírito Santo quando fomos batizados e quando recebemos a Eucaristia. Santo Éfrem dizia que “ao recebermos a Eucaristia recebemos fogo”. Quando alimentados com a Eucaristia, ficamos repletos do Espírito Santo.

Mas não basta receber o Espírito, é necessária a convivência com Ele e para isso é necessário à oração. Ela é a força motriz de toda a vida espiritual, de todos os esforços humanos. É a conversação com Deus, é a relação pessoal com Deus, é a união com Deus. A oração é a expressão da vida do Espírito Santo em nós, é o respirar do Espírito, é o que mede a grandeza da nossa vida espiritual. A Igreja respira com a oração e esta só é autentica quando nos vem do Espírito Santo. 
 
O Espírito é necessário para a edificação da Igreja. É o Espírito Santo que inflama a alma sem cessar e a une a Deus. Princípio ativo por natureza, o Espírito Santo tem uma particular natureza de fogo. No mundo espiritual, esta Força-Fogo derrama sobre as criaturas as chamas da graça que nos faz participar da natureza divina. Flamejando línguas de fogo que vão pousar sobre a fronte dos eleitos. 
 
O Espírito Santo derrama sobre a alma os seus carismas e faz da criatura o reflexo vivo do esplendor do Verbo, revestindo-a da glória de Cristo-Deus. O cristão cheio do Espírito Santo é transformado em Jesus Cristo. É a festa trinitária na vida do cristão. São João da Cruz afirma que “é no mais intimo do cristão onde o demônio não pode chegar que se passa esta festa do Espírito Santo”. É no centro de nossa alma que o Espírito pode operar a nossa santificação. Tomemos consciência desta presença.

Pe. Paulo Sérgio Araújo Gouveia
Paróquia São Judas Tadeu
Campina Grande-PB

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