terça-feira, 24 de junho de 2014

24/06 - Regra da OFS está aniversariando!

A regra da ordem terceira de São Francisco completa hoje, 24, 36 anos de sua aprovação pelo Santo Padre, o Papa Paulo VI. Leia na íntegra o decreto de aprovação.


Breve Apostólico "Seraphicus Patriarcha"

Pelo qual a santa sé aprova e confirma a Regra da Ordem Franciscana Secular
Paulo VI Papa
Para perpétua memória.

O Seráfico Patriarca São Francisco de Assis, em vida e depois de sua preciosa morte, atraiu não somente muitos para servirem a Deus na família religiosa que fundara, mas arrastou também numerosos leigos que, permanecendo no mundo, se agregaram às suas Ordens. Pois, para usarmos as palavras de Pio XI, Nosso Predecessor, "parece... que jamais houve homem algum em quem brilhasse mais viva a imagem de Jesus Cristo e em quem fosse mais semelhante a forma evangélica de viver do que em Francisco. Por isso, ele, que se havia denominado o "Arauto do Grande Rei", foi com razão proclamado um "Outro Cristo", por se ter apresentado aos contemporâneos e aos séculos futuros como um Cristo redivivo; como tal ele vive ainda hoje aos olhos dos homens e continuará a viver por todas as gerações futuras" (Enc. Rite Expiatis, 30.4.1926; AAS 18, 1926, p. 154). Alegramo-nos, portanto, porque o "carisma franciscano" conserva vigor ainda hoje, para o bem da Igreja e da comunidade humana, apesar do serpejar de doutrinas acomodatícias e do crescimento de tendências que afastam os homens de Deus e das coisas sobrenaturais.

Com louvável esforço e um trabalho comum, as quatro Famílias Franciscanas, pelo espaço de um decênio, se empenharam para elaborar uma nova Regra da Ordem Terceira Secular ou, como agora é chamada, da Ordem Franciscana Secular. Isso pareceu necessário devido às novas condições dos tempos e porque o Concílio Ecumênico Vaticano II salutarmente publicou preceitos e sugestões pertinentes a este assunto.

Por isso, os diletos filhos Ministros Gerais das quatro Ordens Franciscanas nos manifestaram o pedido de aprovarmos a Regra assim preparada. Nós, seguindo o exemplo de alguns de Nossos Predecessores, dos quais Leão XIII o fez por último, decidimos, de boa vontade, aceder a esses pedidos. Dessa maneira, Nós, confiando que a forma de vida pregada por aquele admirável Homem de Assis, receberá um novo impulso e florescerá com vigor, depois de ter consultado a Sagrada Congregação para os Religiosos e os Institutos Seculares, que examinou diligentemente o texto apresentado, tendo ponderado tudo atentamente, com segura ciência e madura deliberação Nossa, aprovamos e confirmamos, com Nossa Apostólica Autoridade, em virtude destas Letras, a Regra da Ordem Franciscana Secular e lhe acrescentamos o vigor da Sanção Apostólica, contanto que concorde com o exemplar conservado no arquivo da Sagrada Congregação para os Religiosos e os Institutos Seculares, cujas primeiras palavras são "Inter spirituales familias, e as últimas "ad norman Constitutionum petenda".

Simultaneamente, por estas Letras e por Nossa autoridade ab-rogamos a anterior Regra da Ordem Terceira Franciscana Secular, como era chamada. Estabelecemos, finalmente, que estas Letras permaneçam firmes e atinjam plenamente seus efeitos, agora e no futuro, não obstante qualquer coisa em contrário.
Dado em Roma, junto de São Pedro, sob o anel do Pescador, no dia 24 do mês de junho de 1978, décimo sexto ano do Nosso Pontificado.

João Card. Villot
Secretário de Estado

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Homilia da solenidade de Corpus Christi



Hoje estamos todos ao redor da mesa como uma grande família celebrando o maior dom que o Senhor concedeu a sua Igreja, sua presença real, verdadeira e substancial na Eucaristia. Dá mesma maneira como os grupos de cinquenta pessoas se reuniram no deserto para serem alimentados pelo pão multiplicado por Deus, hoje nos reunimos para comer o verdadeiro pão do céu que é o Corpo e o Sangue de Cristo. Agora não mais em figuras, mas a sua própria carne que nos alimenta e dá vida ao mundo. 

Estamos no deserto que é a nossa vida que atravessamos para entrarmos na Terra Prometida que é o Céu. É deserto pela aridez, solidão, dificuldades que enfrentamos, também pela incerteza do caminho. Assim como o povo do Evangelho não conseguiríamos atravessar este deserto apenas com a Palavra de Deus, poderíamos desfalecer pelo caminho, sermos surpreendidos pelas tentações, por isso o Senhor vem em nosso socorro. Ele é o nosso alimento, nosso viático, “a comida dos que viajam”. Para “que a família assim nutrida seja um dia reunida aos convivas lá do céu”. 

A eucaristia é o maior dom oferecido a Igreja, por isso hoje não apenas nos reunimos para comê-la, mas também para louvar o Senhor por este presente que ele nos deu. Sem a Eucaristia não seriamos Igreja, pois a “igreja vive da Eucaristia” ela é que faz com que nos tornemos um só corpo, sejamos constituídos o verdadeiro povo do Senhor. 

Viver da Eucaristia é fazer com que a nossa vida seja eucarística, é buscar a unidade, é valorizara a presença do Senhor no pão e no vinho e viver uma vida de ação de graças sabendo partilhar tudo o que possui seja espiritual ou material com os irmãos necessitados.

O Senhor nos espera no Sacrário, amar o Senhor é centralizar a nossa vida no Sacrário, da presença dele retirar todas as forças para testemunhá-lo no mundo em que vivemos. São João Maria Vianei transformou a vida de uma paróquia ficando horas diante do Senhor. Será que não seria este o caminho para transformarmos as nossas famílias, a nossa paróquia, as nossas vidas? 

Santo Tomás falando sobre a Eucaristia afirma: “de fato nenhum outro sacramento é mais salutar do que este; nele os pecados são destruídos, crescem as virtudes e a alma é plenamente saciada de todos os dons espirituais”. Aproveitemos deste remédio salutar e celebremos o grande dom do Senhor.

Pe. Paulo Sérgio Araújo Gouveia
Paróquia São Judas Tadeu 
Campina Grande-PB

segunda-feira, 16 de junho de 2014

OFS de Campina Grande acolhe dois novos irmãos


No último domingo, 15, durante a reunião ordinária da Fraternidade de São Francisco da OFS foram acolhidos o casal Fabrício e Lucivania. O jovem casal possui uma caminhada de admiração a São Francisco e Santa Clara.
Na ocasião, os irmãos foram recebidos pela Fraternidade com grande alegria e saudações franciscanas de Paz e Bem! 

O ministro Francisco falou da importância da promoção vocacional e destacou a figura do irmão Fernando como um verdadeiro promotor de novas vocações. Para a nossa ordem secular é sempre um motivo de alegria a chegada de novos membros.

Que São Francisco e Santa Clara interceda por nós e que novas vocações venham surgir!


ARTE SACRA NA CASA FRANCISCANA

Santo Antônio e São Benedito entre nós!


Acaba de ser entronizada na Casa Franciscana da OFS as imagens de Santo Antônio e São Benedito, dois dos mais populares santos franciscanos, benzidas pelo frei Hermano ao final do feliz Tríduo ao poderoso santo no seguimento evangélico de N. S. J. Cristo deste ano.

As imagens em gesso de Santo Antônio e São Benedito – de 80 e 50 centímetros, respectivamente, enriquecessem o conjunto das peças arte sacra já existente na Casa Franciscana, tanto em gesso quanto em estampas molduradas e banners.

Além da imagem em gesso de S. Francisco – de origem capuchinha, devido o capuz do hábito diminuto, há uma reprodução do famoso afresco da Basílica Inferior de Assis, na qual o santo aparece ao lado de N. Senhora dos Anjos, rodeada desses seres angelicais, de meados do século 13.

Ao lado da imagem de São de Assis de N. Senhora dos Anjos, a reprodução do belo afresco de Santa Clara na mesma Basílica Inferior, também daquele século.

Outros santos e beatos franciscanos da OFS, Santa Isabel da Hungria, Raimundo Lullo, são representados em banners em exposição na Casa Franciscana.

OFS e JUFRA no Tríduo de Santo Antônio 2014


O derradeiro dia do Tríduo de Santo Antônio, de celebrações ao santo dito de Lisboa ou de Pádua, findou sexta-feira passada, 13, com procissão de dezenas fiéis levando a imagem do santo da matriz Paróquia de S. Francisco, no bairro da Conceição, à Casa Franciscana da OFS, perto desta igreja.

 A Ordem Franciscana Secular (OFS) e o núcleo da Juventude Franciscana (JUFRA) deram valiosa contribuição na concepção, realização do Tríduo, junto aos paroquianos de S. Francisco, os quais participaram com fervor das celebrações. A JUFRA montou quermesse com alimentos e artigos religiosos durante os dias da festa.

O vigário da Paróquia e S. Francisco, frei Hermano, discorreu na derradeira missa do Tríduo sobre alguns atributos do poderoso santo: a conversão ao franciscanismo, o milagre da burra ajoelhada à hóstia consagrada, o milagre do sermão aos peixes, além do grande teólogo e orador sacro e primeiro professor de teologia dos frades, a pedido de S. Francisco.


Ao final da procissão do Tríduo de Santo Antônio, houve as entronizações das imagens de Santo Antônio e São Benedito na Casa Franciscana, que ficou lotada pelos paroquianos, terceiros franciscanos e jusfristas, recepcionados pelo ministro da OFS, Francisco Antônio.

domingo, 15 de junho de 2014

Homilia - Solenidade da Ssma. Trindade



Hoje celebramos o insondável mistério da Santíssima Trindade. Saímos da Trindade e para ela um dia haveremos de voltar. Isabel da Trindade consciente desta realidade rezava: “Ó meu Deus Trindade que adoro, ajudai-me a esquecer-me inteiramente, para me fixar em vós, imóvel e pacífica, como se minha alma estivesse na eternidade! Que nada possa perturbar a minha paz, ou fazer-me sair de vós, meu Bem imutável, porém, a cada instante meintroduza na profundeza de vossos mistérios. Pacificai a minha alma, fazei dela vosso céu, vossa mansão preferida, o lugar de vosso repouso. Jamais vos deixe eu sozinho, mas esteja em vós, toda desperta em minha fé, toda em adoração, toda abandonada à vossa ação criadora”.
 
A vocação do homem está em repousar na Trindade, contemplar o Deus Uno e Trino, viver em Deus, usufruir da sua presença e ternura. Como Moises na primeira leitura o Senhor desce da nuvem e permanece conosco em uma conversa íntima e profunda. A oração é invocar o nome do Senhor, e invocar o nome de Deus é possuí-lo.

A revelação da Santíssima Trindade pertence ao Novo Testamento. No Antigo Testamento toda a atenção esta voltada para a unicidade de Deus.

Somente no Novo Testamento Deus se revela como aquele que é um em três pessoas. Com a vinda de Cristo Deus se revela ao homem no mistério de sua vida íntima, de perfeição e de seu amor fecundo. O Pai que gera o Filho e a comunhão dos dois tendo como principio o Pai expira o Espírito Santo. Deus entra em relação com os homens não somente como Deus criador e único, mas também como Trindade. Ele é o Pai que nos ama no Filho pelo Espírito Santo. Ele é comunhão. 

Todo homem entra em relação com a Santíssima Trindade mediante o batismo, por ele a pessoa torna-se filho do Pai, irmão de Jesus Cristo, templo do Espírito Santo. 

Na segunda leitura vemos as conseqüências desta comunhão com Deus. Uma vez na intimidade do Deus Trino o cristão é chamado a estar em comunhão com os outros pela ação poderosa do Espírito Santo. Ele nos foi enviado para nos transformar interiormente tornando-nos filhos no Filho. Para isso devemos nos deixar conduzir pelo Espírito. Não há modo mais belo de honrar o mistério da Santíssima Trindade do que viver no amor. A Trindade nos forma na caridade, ela é a própria caridade. O homem que vive mergulhado neste mistério se torna aquilo que a Trindade é amor. O fogo que nos queima e nos purifica é o amor da Trindade. Por isso, Santo Agostinho afirma que: “Tu vês a Trindade, quando vês a caridade!

Pe. Paulo Sérgio Araújo Gouveia
Paróquia São Judas Tadeu
Campina Grande-PB

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Santo Antônio de Pádua

No mês de junho celebra-se a festa de um grande santo da Igreja. Santo Antônio, cuja memória é lembrada em 13 de junho.

"Para os franciscanos, Santo Antônio é um exemplo de seguidor de Cristo ao modo de São Francisco".


Santo Antônio de Pádua, nasceu em Lisboa, Portugal, em 15 de agosto de 1.195, recebeu o nome de batismo de Fernando de Bulhões, descendente da família de Godofredo de Bulhões, chefe da primeira cruzada do século XI. Era primogênito de uma família nobre, poderosa e rica. Os pais o encaminharam aos estudos, desejando que ele se tornam-se um magistrado ou um bispo. Mas, bem cedo, começou a desiludir as miragens ambiciosas dos pais. Deus o atraía e ele não opôs resistência. Amava intensamente a oração. Uma pitoresca lenda conta que um dia, na catedral de Lisboa, enquanto rezava, o menino afugentou o demônio traçando o sinal da cruz no chão.

Aos 15 anos, deixa seu rico palácio, seus familiares, que são contrários, e vai trancar na abadia de São Vicente, na periferia de Lisboa, pertencente aos Cônegos Regulares de Santo Agostinho. A estes religiosos é que Fernando deve toda a sua formação intelectual, que o faz um dos homens mais cultos da Igreja, na Europa, nos princípios do Século XII.

Pouco tempo depois, foi transferido para uma outra abadia, o Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, que era a capital do reino de Portugal.

Com 25 Anos , ainda agostiniano é ordenado sacerdote.  Neste ano Santo Antônio teve a grande virada no eixo de sua historia: É de comum acordo que no mesmo ano em que passa de Cônego Regular Agostiniano para seguir as pegadas de um novo fundador: Francisco de Assis. Três são as razões que influíram na mudança de ordem: a) a estagnação de sua congregação e a falta do espírito apostólico e de idealismo da mesma; b) a nova ordem que estava nascendo estava na sua "lua-de-mel"; cheios de vigor e idealismo, esses frades adotavam os elementos essenciais da vida religiosa tradicional, mas dela se afastavam em vários aspectos: não tinham mosteiros, nem residências fixas, nem segurança econômica, pois professavam pobreza absoluta em comum e em particular, dedicavam-se à atividade missionária com pretensões de conquistar o mundo para Jesus Cristo; c) os cincos mártires franciscano assassinados em Marrocos cujos corpos trazidos para Coimbra e, por coincidência, ao mesmo mosteiro de Santa Cruz, onde vivia Santo Antônio. Narram as antigas biografias que, na ocasião, Fernando, levando pelo desejo de imitar o heroísmo dos frades, pediu ingresso na nova ordem.

Ao receber o burel franciscano, Fernando deixa atrás também o seu antigo nome acolhendo um outro: Antônio, ou seja Frei Antônio. Recebeu este nome oriundo do padroeiro do conventinho do frades menores em Coimbra naqueles tempos dar um nome novo a todos os que ingressavam na Ordem. A palavra Antônio quer significar “altitonante” (que troveja nas alturas, retumbante, estrondoso, estrepitoso: que soa alto, altissonante) “ como pressagiando, conforme escreve o primeiro biografo da legenda de Santo Antônio – ou assídua, quão grande arauto da palavra de Deus haveria de ser. De fato, quando falava entre os perfeitos da sabedoria de Deus escondida no mistério, tais e tão profundas coisa da Escrituras, como um trombeta altissonante, que “soou” a sua voz, mesmo aquele que estivesse acostumado à interpretação da Escrituras, raramente podia compreender o que sua língua explanava” (Assídua,12).


No final deste mesmo ano (1.220) vai a Marrocos, onde pretende realizar o sonho missionário. Mas fica doente e precisa voltar. Já um tanto recuperado, viajou para Assis, a fim de tomar parte no Capítulo das Esteiras (Pentecostes de 1.221) e aí teve seu primeiro encontro com São Francisco. Após o Capítulo Geral, o frade português foi morar no eremitério de Monte-paolo, perto de Forli, na província de Romanha. Como luz debaixo de uma vasilha, por ocasião de uma ordenação sacerdotal, se pós às claras o dote oratório de Frei Antônio, que até então cuidava somente da cozinha e da horta. Tomaria rumo assim sua atividade futura, preponderantemente devotada à pregação popular, ao lado do magistério teológico e da direção de comunidades de frades.

Santo Antônio, Rogai por nós!

sábado, 7 de junho de 2014

Irmãos da OFS Campina Grande publicam artigo e poesia no informativo "Irmão Sol" da FFB


Os irmãos professos da Fraternidade São Francisco de Campina Grande tem textos publicados no informativo "Irmão Sol" produzido pela FFB (Família Franciscana do Brasil). Trata-se do artigo "São Francisco e a Eucaristia" de autoria da Ir. Francicarla da Silva Barros de Lima, OFS. Este é o segundo artigo da autora publicado em âmbito nacional, sendo o primeiro divulgado na Revista Paz e Bem.

Também os poemas "Santa Clara" e "São Francisco e Santa Clara" de autoria do Ir. João Paulo Barbosa de Lima, OFS foram publicados no informativo Irmão Sol. De forma muito carinhosa, o autor descreve em versos um pouco da história de nossos referenciais de fé franciscana.

Para a OFS de Campina Grande é sempre um motivo de alegria e satisfação a participação da Fraternidade nos informativos de nível nacional. 

Os textos do informativo "Irmão Sol" foram publicados no boletim dos meses de Março, Abril e Maio, Ano XLV, n° 2 e estão disponíveis no site da FFB ou clicando no link abaixo:

Ir. João Paulo e Francicarla, OFS


Homilia do Domingo de Pentecostes



Hoje recebemos aquele que nos convence e nos torna testemunhas da ressurreição de Cristo, o Espírito Santo. Ele é a razão da nossa alegria. Ele nos concedeu o dom do Espírito Santo. Os Santos Padres da Igreja diziam que toda a missão do Filho de Deus neste mundo era conceder aos homens o Espírito Santo. Eis que este dia chegou
 
Os apóstolos estavam de portas fechadas com medo dos judeus. Somente a força do Espírito Santo transformou homens tímidos em anunciadores do Evangelho. Quantas vezes o medo paralisa a nossa ação evangelizadora: medo do fracasso, de enfrentar o mundo, medo de não conseguir testemunhar a Palavra, das críticas, medo das forças do Demônio. A união com o Espírito nos liberta destes medos.
Recebemos o Espírito Santo quando fomos batizados e quando recebemos a Eucaristia. Santo Éfrem dizia que “ao recebermos a Eucaristia recebemos fogo”. Quando alimentados com a Eucaristia, ficamos repletos do Espírito Santo.

Mas não basta receber o Espírito, é necessária a convivência com Ele e para isso é necessário à oração. Ela é a força motriz de toda a vida espiritual, de todos os esforços humanos. É a conversação com Deus, é a relação pessoal com Deus, é a união com Deus. A oração é a expressão da vida do Espírito Santo em nós, é o respirar do Espírito, é o que mede a grandeza da nossa vida espiritual. A Igreja respira com a oração e esta só é autentica quando nos vem do Espírito Santo. 
 
O Espírito é necessário para a edificação da Igreja. É o Espírito Santo que inflama a alma sem cessar e a une a Deus. Princípio ativo por natureza, o Espírito Santo tem uma particular natureza de fogo. No mundo espiritual, esta Força-Fogo derrama sobre as criaturas as chamas da graça que nos faz participar da natureza divina. Flamejando línguas de fogo que vão pousar sobre a fronte dos eleitos. 
 
O Espírito Santo derrama sobre a alma os seus carismas e faz da criatura o reflexo vivo do esplendor do Verbo, revestindo-a da glória de Cristo-Deus. O cristão cheio do Espírito Santo é transformado em Jesus Cristo. É a festa trinitária na vida do cristão. São João da Cruz afirma que “é no mais intimo do cristão onde o demônio não pode chegar que se passa esta festa do Espírito Santo”. É no centro de nossa alma que o Espírito pode operar a nossa santificação. Tomemos consciência desta presença.

Pe. Paulo Sérgio Araújo Gouveia
Paróquia São Judas Tadeu
Campina Grande-PB