O sentimento gracioso da música é
verdadeiramente universal, e não podia ser diferente em S. Francisco de Assis.
Em algumas passagens de suas biografias o Santo demonstra grande afeição ao
instrumento musical e ao cantar sacro da Igreja Católica em louvor a Deus e às
maravilhas da criação. Vejamos as principais passagens:
A biografia de Tomás de Celano, Vida I, e o Espelho da Perfeição se referem nos
capítulos 90 e 93, respectivamente, o quanto S. Francisco se embevecia com a
música, ébrio de amor e compaixão por Cristo. Contam esses biógrafos primitivos
que o Pai Seráfico brotava de si as mais doces melodias em Francês, e que as
poesia dos murmúrios divinos ouvidos por ele em segredo explodiam em cantos.
“Às
vezes apanhava da terra um pedaço de pau, colocando-o no braço esquerdo,
apanhava com a mão direita uma vara à maneira de arco e esfregava sobre o pau,
como uma viola ou outro instrumento de corda. Fazendo gestos apropriados
cantava em Frances ao Senhor Jesus Cristo”. (Celano I)
Já a Legenda
Perusina relata a ida de S. Francisco a Rieti, em tratamento aos olhos, sugerindo
a um companheiro a tocar cítara, porque os filhos deste mundo não compreendiam mais
nada das coisas de Deus, embora os santos houvessem se servido dos instrumentos
de música, como citaras, saltérios, etc. para louvor de Deus e recreio de suas
almas. Os quais instrumentos estavam naquele momento ao serviço da vaidade e do
pecado contrário a vontade de Deus.
São Francisco pediu a um frade, ex-músico no
mundo, que ele fosse, em segredo, pedir a pessoa honesta uma cítara emprestada,
na qual lhe tocasse uma boa música para acompanhar as orações se os Louvores do
Senhor: “O meu corpo padece agora grande sofrimento. “Queria, por esse meio mudar a
dor em alegria e consolação espiritual”.
O frade teve vergonha de buscar a tal cítara,
com medo de escandalizar, já que ele fora tocador do instrumento no mundo, e
alguém poderia a supor que ele estava voltando ao antigo ofício. Ao que S.
Francisco o compreendeu: “Está bem,
irmão, não se fala mais nisso”.
Em Celano I, capitulo 30, aparece do novo com
destaque na vida de S. Francisco. Ele convocara o povo de Greccio para fazer um
presépio que lembrasse a humildade da encarnação do Menino Deus. O povo foi chegando e se alegrou com o
mistério renovado em uma alegria toda nova.
“O
bosque ressoava com as vozes que ecoavam nos morros. Os frades cantavam, dando
os devidos louvores ao Senhor e a noite inteira de rejubilava”.
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