domingo, 17 de agosto de 2014

Homilia Solenidade da Assunção de Nossa Senhora


A Igreja através do papa Pio XII proclamou que Maria, depois da sua peregrinação neste mundo, foi elevada a glória celeste, onde está sentada a direita de seu divino Filho. As leituras de hoje 
contemplam esta realidade. A primeira Leitura apresenta uma mulher vestida de sol, tendo a lua sob os pés, o Filho que ela deu à luz, um varão, irá reger todas as nações. Nesta imagem a Mulher representa Maria e a Igreja, e o filho representa Jesus Cristo.


Na segunda leitura Paulo, afirma que um dia, todos os que creem em Cristo terão parte na Sua glorificação, mas em proporção diversa: “Primeiro, Cristo, como os primeiros frutos da seara; e a seguir, os que pertencem a Cristo”. Entre os discípulos de Cristo, o primeiro lugar pertence a discípula, por excelência, Maria, que foi toda de Deus, porque jamais conheceu o pecado. É a única criatura em quem o esplendor da imagem de Deus nunca se viu ofuscado; é a Imaculada Conceição, a obra prima e intacta da Santíssima Trindade em quem o Pai, o Filho e o Espírito Santo manifestaram as suas complacências, encontrando nela uma resposta total ao Seu amor.



A Assunção de Maria é uma preciosa antecipação da nossa ressurreição e baseia-se na ressurreição de Cristo, que transformará o nosso corpo corruptível, fazendo-o semelhante ao seu corpo glorioso. Por isso São Paulo recorda-nos: “Se a morte veio pelo pecado de Adão, também por um homem, Cristo, veio à ressurreição”. Por Ele, todos retornarão à vida, mas cada um há seu tempo: como primícias, Cristo; em seguida, quando Ele voltar, todos os que são de Cristo quando Cristo devolver a Deus Pai o seu reino…



Essa vinda de Cristo, de que fala o Apóstolo, disse o Papa João Paulo II, “não devia por acaso cumprir-se, neste único caso (o da Virgem), de modo excepcional, por dizê-lo assim, imediatamente, quer dizer, no momento da conclusão da sua vida terrena? Esse final da vida que para todos os homens é a morte, a Tradição, no caso de Maria, chama-o com mais propriedade dormição. Para nós, a Solenidade de hoje é como uma continuação da Páscoa, da Ressurreição e da Ascensão do Senhor. E é, ao mesmo tempo, o sinal e a fonte da esperança da vida eterna e da futura ressurreição”.



Ela é a nossa grande intercessora junto do Altíssimo. “Nunca se ouviu dizer que algum daqueles que tivesse recorrido à vossa proteção fosse por Vós desamparado”, rezava São Bernardo. Procuremos confiar mais na sua intercessão, persuadidos de que Ela é a Rainha dos céus e da terra, o refúgio dos pecadores, e peçamos-lhe com simplicidade: Mostrai-nos Jesus! Hoje peçamos a intercessão de Nossa Senhora pelas nossas famílias.


 
Fixemos o nosso olhar em Maria, já assunta aos céus. Ela é a certeza e a prova de que os seus filhos estarão um dia com o corpo glorificado junto de Cristo glorioso. Jamais percamos a esperança de um dia participarmos da glória do céu. Se formos verdadeiros devotos da Virgem ela nos tomará pela mão e nos conduzirá ate Jesus.


Pe. Paulo Sérgio Araújo Gouveia
Vigário paroquial da Catedral Diocesana
Diocese de Campina Grande

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